
Presentes:
Kajetan Kajetanowicz, LOTOS Rally Team
Ralfs Sirmacis, Sports Racing Technologies
Ricardo Moura
Diogo Gago
Pergunta:
Como é que se sentiu depois do rali da Acropolis? O cilindro impediu-o de ganhar, mas depois disso, você foi muito rápido…
KK:
Isso só mostra o quão difícil foi esse rali porque tens de estar focado e forte ao mesmo tempo. Podemos, com certeza, dizer que, para nós, esse rali foi muitíssimo exigente – fomos do inferno ao céu, se quiser – mas conseguimos, foi um grande teste. Adoro estes ralis porque eu posso cimentar e testar o meu caráter. Não foi uma situação positiva, mas, no geral, foi uma boa experiência e posso dizer que estou feliz com isso.
Pergunta:
Tem uma boa vantagem na classificação, mas ainda não ganhou um rali em 2016. Como é que classifica a sua época depois de três ralis?
KK:
Primeiro, nós não precisamos de ganhar. Nós queremos ganhar, o que é outra coisa. Estou muito feliz por liderar no ERC e com a minha velocidade nestes ralis. Nós temos uma família nestes ralis, nós ganhamos muitas provas especiais, e eu acredito que a vitória não está longe.
Pergunta:
Sabemos que gosta muito dos Açores. Diga-nos o que faz deles tão especiais na sua opinião?
KK:
É um lugar maravilhoso, toda a gente sabe disso. É um dos lugares mais belos do mundo. É um sítio fabuloso para “brincar” com um carro de rali e, nos Açores, elevamos este prazer para outro nível. Temos longas e desafiantes estradas que, ao mesmo tempo, são belíssimas. Excelentes espectadores ao longo das provas especiais e a competição é renhida. Todos os condutores de carros R5 podem lutar pela vitória num cenário deslumbrante e eu gosto muito dos Açores, adoro rali.
Pergunta:
Quando estava sentado nesse mesmo lugar na Acrópole, disse que queria ganhar. Qual o seu grau de confiança desta vez?
RS:
Estamos aqui para ganhar! Nós tentamos ganhar ralis. Existem condutores muito rápidos, mas tentamos o nosso melhor para obter a vitória. Fazemos o que podemos para agarrar esta oportunidade. Estou um bocadinho stressado, mas é para a primeira prova especial. Depois desta começar, vai ficar tudo bem.
Pergunta:
Ao contrário do que aconteceu com o rali da Acrópole, no ano passado, esteve nos Açores integrado no ERC Junior. Acha que a experiência lhe vai ser útil?
RS:
É muito bom porque eu conheço as estradas quando corremos. Conheço as provas especiais e isto é melhor do que conduzir em estradas desconhecidas.
Pergunta:
Como é que se sente relativamente a encontrar o limite do carro R5 depois de um só rali?
RS:
Sinto-me muito bem, mas não sei. É o meu segundo rali neste carro e, depois de mais ralis, espero andar mais depressa. Agora, não estou conseguindo obter o máximo.
Pergunta:
Teve um problema com os limpa-pingas durante a prova de qualificação. O que é que aconteceu?
RS:
No princípio da prova, começou a chover. Ligamos os limpa-pingas, eles começaram a funcionar, mas a meio da prova, pararam. Mas conseguimos chegar ao fim da prova.
Pergunta:
Este ano, temos muitos competidores aqui nos Açores, com muitos concorrentes de Portugal continental e locais. Quão forte é o nível da competição, tanto no Campeonato Nacional de Ralis, como entre os concorrentes dos Açores?
RM:
Claro que, tal como em anos anteriores, existem muito bons condutores no Campeonato Nacional de Ralis. Eles estão sempre à procura do melhor resultado neste rali e, claro, também existem muitos condutores de carros R5 estrangeiros. Isto aumenta a dificuldade, mas isto é rali e eu vou dar o meu melhor para obter um bom resultado.
Pergunta:
Os outros três condutores já cá estiveram antes. Na sua opinião, e para quem cá nunca esteve, como Alexey Lukyanuk, qual poderá ser a chave para ter sucesso nas provas especiais locais?
RM:
É com certeza mais fácil para um condutor que já teve a oportunidade de fazer, pelo menos, um rali aqui. É mais fácil vir e já ter as anotações e todo o resto. Mas, não nos podemos esquecer que a maioria destes condutores participa num campeonato onde só lhes é permitido fazer duas passagens por corrida. Isto é algo para o qual eles já trabalharam e estão muito bem treinados. É fácil ver isso quando não se nota grande diferença entre a primeira e a segunda passagem. Isto significa que eles têm uma forma excelente de descrever a estrada nas suas anotações e, assim, conseguem ser rápidos desde os primeiros metros. Claro que o Alexey é alguém muito conhecido neste desporto. Toda a gente sabe que ele é muito rápido. Ele fez ralis incríveis com carros do Grupo N e com carros R4 e R5, por isso, eu acho que ele vai ser rápido de certeza. Este é um rali muito, muito complicado, com muitas partes estreitas, com oscilações na aderência ao piso e com várias mudanças de ritmo, com zonas muito lentas para zonas muito rápidas. Não há uma solução mágica, mas eu acho que ele vai encontrar a velocidade logo desde o início.
Pergunta:
Acabou em terceiro lugar em 2013 e 2015. Qual a estratégia que vai usar para igualar ou melhorar esta classificação?
RM:
Isto é algo com o qual nós temos de aprender a lidar. Claro que eu gostaria de lutar por uma vitória, mas ainda não consegui alcançá-la. Isto é como tudo na vida. Existem bons condutores, condutores medianos e muito bons condutores. Eu só tenho de tentar andar o mais rápido possível e chegar o mais perto possível dos mais rápidos. No ano passado, em alguns locais pensei que iria conseguir ser tão rápido quanto eles foram, mas noutras provas especiais, eles foram muito mais rápidos do que eu. Vamos ver se eu melhorei o suficiente para manter um bom ritmo e continuar na luta pela vitória.
Pergunta:
Bem-vindo de volta ao ERC Junior. Esta vai ser uma participação única num rali em casa ou está planeando participar em mais ralis durante 2016?
DG:
Estou muito feliz pore star aqui mais uma vez, e também no ERC Junior. Depois do resultado do ano passado, vou tentar obter outro bom resultado este ano. Vou também tentar estar no Rali de Ypres.
Q:
Foi o mais rápido no seu grupo na Prova de Qualificação, mas alguns dos seus rivais afirmaram não querer ser os mais rápidos. Preocupa-o ser o primeiro dos carros R2 nas provas especiais desta tarde?
DG:
Não há grande preocupação porque quando partimos para as provas especiais o piso está sempre muito limpo. Vamos tentar fazer o mesmo que o ano passado.
Q:
Seguiu o Circuito da Irlanda, a prova de abertura do ERC Junior, de casa? Quem acha que são os seus principais rivais nesta prova?
DG:
Tenho que considerar todos os condutores presentes neste rali dos Açores como rivais. Na Irlanda, toda a gente foi rápida e nós temos que conduzir rápido logo desde o início.