Com 4 vencedores diferentes para cada uma das provas especiais e 0,1s separando os dois primeiros concorrentes, a 51.ª edição do espectacular rali do arquipélago atlântico está a preparar-se para ser épica com 12 provas especiais ainda por disputar.
Depois do City Show em Ponta Delgada, na noite de quarta-feira, a competição a sério começou na quinta-feira de manhã com a Prova de Qualificação de 3,12 quilómetros. Alexey Lulyanuk foi o mais rápido e teve prioridade na escolha da posição de saída. Selecionou a 15.ª posição para as 4 provas especiais de quinta-feira, de modo a tirar partido do piso limpo de gravilha, cortesia dos seus rivais com posições de saída à sua frente.
Contudo, este provou ser um início duro para o estreante Lukyanuk no Azores Airlines Rallye, quando este escorregou para dentro de uma berma numa curva à esquerda na PE1 e entortou a suspensão direita traseira do seu Fiesta. Kajetanowicz não teve estes problemas e foi o mais rápido na PE1 no seu Ford Fiesta R5, antes de Lukyanuk voltar a obter o melhor tempo na PE3, após uma reparação rápida à beira da estrada.
O herói local, Ricardo Moura, roubou a liderança a Kajetanowicz, depois de ganhar a PE2. Contudo, uma condução hesitante na PE3 custou-lhe segundos valiosos e ele voltou ao segundo lugar da classificação geral, com Ralfs Sirmacis em terceiro e Lukyanuk em quarto. Seguiu-se a Super Especial Grupo Marques, onde a chuva intensa criou condições traiçoeiras para os concorrentes.
Nesta Super Especial, Latvian Sirmacis foi o mais rápido no seu Skoda Fabia R5 e tirou partido dos problemas de aderência ao piso de Kajetanowicz para encurtar o tempo entre os dois para 1,0s. Entretanto, tanto Moura como Lukyanuk demonstraram ter problemas: Moura lutou com a aderência dos seus pneus de composição mais dura, enquanto Lukyanuk bateu com a traseira do seu Fiesta contra uma berma.
“Foi complicado e duro conduzir durante aquela última prova especial quando os pneus perderam aderência,” declarou Kajetanowicz, o actual campeão do ERC, que partiu na 12.ª posição. “Este foi um dia curto, mas duro e difícil para nós, mas é a vida, é rali.”
Moura, que esta noite chegou a Ponta Delgada com 10,5s de atraso relativamente a Kajetanowicz, ficando em 4.º lugar da classificação geral, disse: “As primeiras duas provas especiais correram-me bem, mas a minha condução na terceira prova não foi boa. Na última prova especial, eu estava a utilizar pneus mais duros e, com a chuva, resolvi não correr riscos e voltar a casa em segurança. Amanhã, vamos ver o que é que acontece.”
Relativamente aos restantes concorrentes, David Botka é quinto, Antonin Tlustak sexto, Fernando Peres sétimo, Pedro Meireles oitavo, João Barros nono, seguido do piloto local, Luís Rego, o primeiro a partir para a estrada na sua estreia com um R5, após uma carreira bem-sucedida nos carros de produção. Já Wojciech Chuchala possui uma confortável vantagem na categoria ERC2. Após três provas especiais, Marijan Griebel possui um avanço de 1,6s relativamente a Diogo Gago.
Este foi também um dia muito difícil para o campeão de ralis português, José Pedro Fontes, que perdeu tempo com falta de potência no motor do seu Citroen. Jaroslav Orsak sofreu um furo no pneu esquerdo da frente durante a PE1, enquanto Raul Jeets e Jaroslaw Koltun ambos sofreram pequenos danos no chassi, devido a contato. O recém-chegado ao ERC Frank Tore Larsen era sexto na classificação geral quando teve uma saída de estrada na PE3.
Tempos e resultados das provas especiais (PE):
https://www.azoresrallye.com/results-2016-2/
Vencedores das provas especiais (PE):
SS1 Batalha (15h57): Kajetanowicz/Baran (Ford Fiesta R5)
SS2 Solucoes M (16h20): Moura/Costa (Ford Fiesta R5)
SS3 Vila Franca Sao Bras 1 (17h05): Lukyanuk/Arnautov (Ford Fiesta R5)
SS4 Grupo Marques SSS 1 (18h02): Sirmacis/Simins (Skoda Fabia R5)