O que eles disseram? Transcrição conferência de imprensa pré evento

Transcrição – Conferência de imprensa pré-evento Azores Airlines Rallye

Media centre, Ponta Delgada, 12h30, quinta-feira 22 de Março de 2018 ( live stream em www.azoresrallye.com)

Presentes:

Marijan Griebel (MG)

Chris Ingram, Toksport WRT (CI)

Fabian Kreim, ŠKODA AUTO Deutschland (FK)

Tom Kristensson, ADAC Opel Rallye Junior Team (TK)

Bruno Magalhães (BM)

Catie Munnings, Saintéloc Junior Team (CM)

Laurent Pellier, PEUGEOT Rally Academy (LP)

Pergunta (P):

Vamos começar pelo vencedor do Azores 2017 e vice-campeão do ERC do último ano, o português Bruno Magalhães. Completamente recuperado do acidente na Letónia e pronto a começar?

BM:

Estou bem agora. Parti duas vértebras aquando do acidente na Letónia, mas está tudo OK e estou feliz com o que fiz esta manhã porque o tempo foi bom, e também foi bom sentir-me confiante atrás do volante; por isso, acho que fiz um bom trabalho.

P:

Já ganhou aqui por três vezes. O que é que precisa de fazer para sobreviver e recuperar?

BM:

Como sabe, este é um rali muito especial. É muito estreito, muito escorregadio numas partes, por isso, lutamos segundo a segundo. Para além disso, não temos muitas quebras entre troços. É muito fácil termos um furo porque a estrada é muito estreita e é muito fácil cometer um erro, especialmente nas descidas. É preciso ser muito consistente e, claro, rápido.

P:

Vamos agora ouvir o campeão ERC Junior por duas vezes, o alemão Marijan Griebel. Tendo atingido tanto sucesso, quanta pressão sente e o que é que tem a provar?

MG:

Para ser honesto, este ano, eu não sinto muita pressão porque os dois últimos anos foram muito bons com dois títulos ERC Junior seguidos. Penso que já provei a toda a gente que posso conduzir muito rápido e conseguir bons resultados. Este ano é uma nova experiência com o PEUGEOT 208 T16, mas estou ansioso por começar este rali e todos os que vêm a seguir.

P:

Fale-nos um pouco sobre o seu carro novo e sobre os seus planos para 2018?

MG:

Para ser honesto, não me preparei muito. Fizemos o primeiro teste na segunda-feira e foi a minha primeira vez em terra; por isso, hoje, vai ser a segunda. Mas estou muito satisfeito com o carro. A condução, o comportamento do carro foi bastante satisfatório, e estou muito otimista quanto ao que podemos fazer neste Azores Airlines Rallye. Quanto ao resto da temporada, veremos. Tenho um bom planeamento com a PEUGEOT Alemanha para o campeonato alemão, por isso, posso fazer muitos ralis com este carro, desenvolver as minhas capacidades e o meu estilo de condução. Estou otimista quanto a esta temporada, acho que pode ser muito boa.

P:

Agora, para o Chris Ingram da Grã-Bretanha, o campeão ERC Junior U27 de 2017. Acha que esta é uma oportunidade enorme para si?

CI:

É enorme. Tenho estado a trabalhar para andar num carro topo de gama desde o berço, e é incrível ter finalmente essa possibilidade. Tem sido muito trabalhoso, tem sido necessário muito esforço para arranjar dinheiro para o fazer, mas finalmente consegui dar o passo e este é o sítio perfeito para fazer a minha estreia.

P:

Este é um rali que conhece bem, mas quão difícil é ele?

CI:

É, decididamente, um dos mais duros, mas tenho um bom registo. Já ganhei o ERC Junior duas vezes e acabei em segundo duas vezes, também. Se eu conseguir fazer o mesmo com um carro com tração às quatro rodas, vai ser bom, mas a diferença é enorme, por isso, preciso definitivamente de o manter na estrada.

P:

Agora, de um piloto que conhece bem este rali para um que cá está pela primeira vez. Fabian Kreim da Alemanha, representando a ŠKODA AUTO Deutschland. Fabian, campeão alemão, fale-nos da sua experiência recente no piso de terra?

FK:

Eu conduzi no APRC em 2016 e ganhei muita experiência aí. Esta é a minha primeira temporada no ERC, por isso, vou tentar ganhar mais experiência na terra. Definitivamente, o meu piso favorito é o alcatrão, mas já que estamos aqui, vamos tentar permanecer na corrida.

P:

Um piloto alemão ganhou o título ERC Junior U28 em 2017. O que é que tem de fazer para repetir este feito?

FK:

Vou tentar fazê-lo com certeza. O meu último rali em piso de terra foi em Dezembro de 2016, na Índia. Foi há muito tempo.

P:

Agora, vamos ao Laurent Pellier da França. Tem um carro novo e este é um rali novo para si. Quais são os planos para este fim-de-semana e para a temporada que se avizinha?

LP:

Para nós, é tudo novo; por isso, precisamos de conhecer o nosso novo carro, o PEUGEOT 208 T16. Já estamos felizes por estar aqui, mas antes da prova de qualificação, não sabíamos qual era a nossa velocidade. Agora, só queremos chegar ao fim do rali. Veremos.

P:

Fale-nos da Peugeot Rally Academy e da ajuda que lhe dão?

LP:

Definitivamente, estamos em ótimas condições e temos a experiência da Peugeot Rally Academy como suporte; por isso, está tudo bem connosco.

P:

Vamos ao Tom Kristensson da Suécia, representante da ADAC Opel Rallye Junior Team. Falou acerca dos seus sonhos se terem tornado realidade com esta possibilidade. Pode-nos explicar o quanto esta oportunidade é importante para si?

TK:

Na verdade, é muito difícil explicar. É um sonho tornado realidade e estou muito feliz por fazer esta temporada com esta equipa fantástica e com este carro fabuloso. Ainda existem alguns aspetos a melhorar, mas está tudo a correr bem, e eu estou ansioso.

P:

A vossa equipa é imbatível no ERC Junior há já três temporadas. Isto representa pressão ou motivação?

TK:

Não, só temos de fazer o nosso trabalho. É tão simples quanto isto.

P:

Finalmente, chegamos à Catie Munnings da Grã-Bretanha, que está à procura do sucesso no ERC Junior U27 e no ERC Ladie’s Trophy. Teve um início duro no ano passado. Este ano, qual é o objetivo/plano?

CM:

Aqui, no ano passado, aprendi muitas lições sobre como controlar-me e manter-me bastante calma durante um rali. O objetivo é chegar ao fim porque existiram muitos acidentes no rali do ano passado, na categoria ERC Junior U27. Esse vai ser o meu foco: levar o carro até ao fim. Eu preciso de ganhar quilómetros, porque não tenho muitos e, no ano passado, tive um acidente cedo. Para mim, é importante desenvolver a minha velocidade de forma gradual e sentir-me bem com a Anna dentro do carro.

P:

Há já algum tempo que não a vemos em competição. O que é que tem feito?

CM:

Tenho estado muito ocupada, tal como os outros pilotos, a tentar arranjar dinheiro para competir. Também tenho estado a trabalhar na Suécia, há uns meses, numa escola de condução no gelo. Isto foi algo completamente diferente do habitual, mas já noto que as capacidades que desenvolvi lá dão-me mais controlo sobre o carro, o que ajuda no piso de terra. Por isso, estou muito ansiosa poder aplicar isto durante este fim-de-semana.